ISBN: 978-989-688-255-6.
Formato: 13 x 9,5 cm - 40 pág. - P.V.P.: € 5,00.
Edição bilingue
(Versão portuguesa: Xavier Zarco)
(Versão portuguesa: Xavier Zarco)
aquel en quien cifro una ilusión por toda vida
(éste que arrastra huesos y sospecha de lumbres)
junta sus días a la su ella
y así tira sus dados de vísceras y plegaria
en otra es dispersado un hombre que combate
o en selva y montañas
escabulle al azar su nuevo día
así lo que hay
un torpe mundo que llevar a cuestas
o enroscar a hierro con la marca de cambio
y se profiere la palabra vida
innecesaria la palabra dios en la coyunda
nómbrese al animal sin reino
en su permanente forajida de sueños
póngaselo
en la rayuela inversa que de cielo hace tierra
désele pan o arma o palabra o azada
para que vea cómo es sencillo el arte que le toca
a contemplar
ya es un rojo el oriente ya emblanquece
ya la línea toda del mar
se empapa de luz
y una congoja muy honda
una zozobra sin término
en el hombre que teme erguirse todavía
*
ainda não ergue sua esplêndida obra o sol
nas regiões do homem
a treva mesquinha se agacha efémera
como se alguma vez pudera
postergar indefinido seu reino – que o fará em tempo -:
aquele em quem cifro uma ilusão para toda a vida
(este que arrasta ossos e suspeita de lumes)
junta seus dias aos dela
e assim atira seus dados de vísceras e oração
noutra é dispersado um homem que combate
ou em selva e montanhas
foge ao acaso seu novo dia
assim o que há
um torpe mundo para levar às costas
ou enroscar a ferro com a marca de mudança
e se profere a palavra vida
desnecessária a palavra deus na conjuntura
nomeie-se o animal sem reino
na sua permanente fuga de sonhos
coloque-se-lo
na macaca inversa que do céu faz terra
dê-se-lhe pão ou arma ou palavra ou enxada
para que veja como é simples a arte que lhe calha
a contemplar
já é um vermelho o oriente já embranquece
já a linha toda do mar
se embebe de luz
e uma angústia profunda
um esmorecer sem termo
no homem que teme erguer-se ainda